A resposta é não!
Mas é um fenômeno comum: cerca de 60% dos bebês a termo e 80% dos bebês prematuros desenvolvem icterícia, que é o acúmulo na pele e mucosas de um pigmento amarelo-alaranjado, a bilirrubina.
A icterícia neonatal na maioria das vezes é fisiológica, ou seja: é decorrente de processos fisiológicos do organismo e não de doenças.
Isso ocorre pois os recém-nascidos (RN) produzem uma quantidade de bilirrubina maior que adultos e sua capacidade de metabolização e eliminação é menor.
O resultado disso é um acúmulo de bilirrubina Indireta no sangue com consequente deposição de pigmentos amarelados na pele.
Existe um gráfico que relaciona o valor da bilirrubina com a idade gestacional e o tempo de vida da criança. Ele serve para identificar a necessidade ou não de tratamento, pois níveis muito elevados de bilirrubina no sangue podem levar a lesões no sistema nervoso central e causar sequelas.
O tratamento consiste em fototerapia (banho de luz) ou, em casos mais graves, exsanguineotransfusão (são retirada alíquotas do sangue da criança e ela recebe transfusão para substituição desse sangue retirado).
Existem causas patológicas para icterícia, como doenças hepáticas e anemias hemolíticas. Essas causas devem ser investigadas nos casos que a icterícia se inicia nas primeiras 24 horas de vida, quando os níveis de bilirrubina são muito elevados e quando o tipo de bilirrubina acumulada no sangue é a bilirrubina DIreta. Nesses casos, é necessário tratar a doença de base que está causando a icterícia.
Já ouviu falar de algum bebezinho que precisou tomar "banho de luz" na maternidade?
Juliana Justi 👩⚕️🫁
Ped e Pneumoped🥰
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