Os pais e cuidadores agora podem vacinar seus filhos de 6 meses a 5 anos de idade com as vacinas Pfizer-BioNTech ou Moderna nos Estados Unidos.
As vacinas COVID-19 foram e continuam submetidas ao monitoramento de segurança "mais intensivo da história dos EUA", segundo o CDC.
MINHA visão sobre a vacinação (baseada em dados científicos publicados do início da pandemia até o momento atual):
Crianças podem sim ter quadros graves da doença e morrer. O número de óbito de crianças pela COVID até dezembro de 2021 supera o TOTAL de mortes por outras doenças preveníveis por vacinação ocorridas entre 2006 e 2020 no Brasil.
Segundo o CDC, até dezembro de 2021 mais de 10 milhões de crianças foram vacinadas nos EUA. Cerca de 14 evoluiram com suspeita de miocardite e nenhuma veio a óbito por esse motivo. Então existe sim um risco baixo de miocardite após a vacina... Mas o risco de uma criança ter miocardite durante/após o adoecimento por COVID é muitíssimo maior!
"Ah mas ano passado ninguém falava de Covid em criança!"
Eu que trabalho em unidade pediátrica de referência para COVID-19 desde o D1 de pandemia sempre falei, inclusive sobre a potencial gravidade. Leia o meu post sobre Síndrome Inflamatória Multissistêmica. Está se falando mais agora pois como os adultos estão vacinados (e ficando menos graves) os casos pediátricos ficam mais evidentes. Está em estudo também a relação de casos recentes de hepatite aguda com a infecção pelo SARS-COV-2.
No Brasil temos disponíveis para crianças a vacina Pfizer para uso em crianças maiores de 5 anos (incluindo crianças com imunodeficiências) e a vacina Coronavac para crianças maiores de 6 anos.
Estudos publicados na revista científica Lancet em junho de 2021 mostraram que a vacina do Butantan (Coronavac) é segura e provoca uma adequada resposta imune em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Há um bom tempo esta vacina está sendo usada por crianças dessa faixa etária em países como Chile e China. Está em vigência pesquisa em 5 países do uso desta vacina para crianças acima de 6 meses.
Aqui no Brasil cabe ao Ministério da Saúde a avaliação desses estudos e atualização da recomendação da vacinação infantil.
A gente segue na espera...
Beijos
Dra Ju
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